domingo, 13 de fevereiro de 2011

É cultura, e não muda

Analisando o (antigo) conjunto capilar presente em minha face, você deve supor que eu sou um cara descompromissado e preguiçoso. É mais ou menos isso. Você acertou quando pensou que eu era preguiçoso. Mas falhou miseravelmente ao apostar na outra opção. Hoje eu vou falar sobre compromissos e horários.

Uma coisa terrível está impregnada na nossa cultura: a falta de cumprimento de horários e prazos. Você pode até não perceber, mas isso está em todos os lugares. Por exemplo, você é atendido às 16h numa consulta marcada às 16hs? Ou você pega um ônibus todo dia no mesmo horário?

Já aprendi a usar o barbeador
Isso raramente acontece comigo. E o motivo é que ninguém tem relógio? Não. É porque ninguém se importa com o horário. E não é só em relação à prestação de serviços. A maioria das pessoas, com as quais eu marco alguma coisa, não chegam no horário. E acham isso supernormal. Ninguém pensa "porra, vou chegar mais cedo". É sempre "vou chegar no horário" ou "vou chegar depois do horário". Por quê!?

Não sei se eu já disse aqui, mas eu trabalho num auditório. Num ambiente desses, pontualidade é um fator essencial. Se o evento começa 7hs, eu me sinto na incubência de chegar lá antes. Porém, há pessoas, que já prevendo um "inevitável" atraso, o reservam 2hs antes do real início do evento. Ou seja, eu chego 20 a 30 minutos antes, ajeito tudo, e ainda, ociosamente, espero 2hs. E eu estou falando de eventos que não atrasam. Excluindo as reuniões das 8h que começam 9h30.

Deveríamos nos espelhar em países como o Japão ou a China, que têm seu PIB crescendo desenfreadamente. Olhando pelo lado cultural e educacional. Aí cê pensa que é porque o cara na China ganha $0,05/hora que ele conta o tempo. Não. É porque ele sabe que se atrasar, o outro passa na frente.

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