domingo, 27 de março de 2011

MacGyver baixou em mim

Se você estava acompanhando minha estripulias pelo Rio, percebeu que em um dos episódios eu tive que fazer um armengue Arranjo Técnico Improvisado para poder instalar o som do carro. Essa improvisação veio das poucas ferramentas que eu possuía, o que me deixou bem feliz com o resultado (leia "sou foda"). Em minha vida, sempre foi comum eu não encontrar nada perfeito e bonitinho pra resolver meus problemas. Essa falta de perfeição e de recursos aguçou meu instinto primitivo de engenheiro, tornando-me o que sou agora: um maluco um quebra-galho.

Eu nasci com o "jeito"
Desde criança eu mostrava interesse em entender como as coisas funcionavam. Quando, ainda jovem, aprendi a usar a chave de fenda, desmontava tudo que via pela frente. Entre eles estavam incluídos meus carrinhos que piscavam e faziam barulho e meus radinhos de pilha.

Assim que fui alfabetizado, fiquei maravilhado com o vasto universo dos manuais de instruções. Passei a devorar cada palavra de qualquer coisa que me ensinasse a fazer qualquer coisa. Meu pai também não escapou de minha ávida curiosidade e sempre me respondeu, mesmo às vezes não-verdadeiramente, às minhas perguntas.

Quando eu fui abençoado pelo milagre da internet, minha cabeça só faltou explodir. Sites como o como tudo funciona e o Instructables me ajudaram demais a entender e desenvolver muita coisa. Depois disso, eu nunca mais fui o mesmo.

Existem vários momentos em minha vida dos quais eu me orgulho de ter o know-how (norráu ou saber-fazer). Eu não documentei minha viagem a Aracaju no começo do ano passado, mas lá aconteceu uma dessas coisas: O carro em que eu estava viajando com meu padrasto e mãe parou de funcionar, acusando um superaquecimento no motor. Detectar que a mangueira do sistema de arrefecimento estava rompida não foi o às na manga. A jogada foi saber como resolver o problema, provisoriamente, até chegar à oficina mais próxima, já que estávamos entre as localidades de lugar-nenhum e novo acre (ou seja, lugar-nenhum também).

Outras coisas são feitos simples como a edificação de uma barraca na praia, reparos causais em equipamentos eletrônicos ou a já citada criação de um suporte para o rádio do carro.

Minha última (porém, ainda não-finalizada) criação foi um pedal de madeira, para usar como pedal de bumbo da minha bateria do guitar hero caseira. Hum, percebi que esqueci de citar essa.

Minha cara de retardado feliz na pré-montagem do aparato

Ainda não o terminei porque os push-buttons que tinham aqui em casa estavam quebrados. Porém, nesse mesmo dia da foto acima, meu amigo Fred Franklin, me indagou por que, já que eu queria um simples pedal, eu não adaptava o de uma máquina de costura?

Eu acho que ele não entendeu a ideologia do faça-você-mesmo.

PS: O som que eu instalei no carro de minha mãe foi roubado ontem. Os FDP provavelmente levaram o meu "improviso". Sacanagem...
PS2: Se deliciem com o Tá aí, eu ajeitei do FAILBlog (em inglês)
PS3: Um videogame destravado pelo GeoHot \o/
PS4: Eu provavelmente terminarei o pedal de madeira e adaptarei o da máquina de costura.

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