quinta-feira, 3 de março de 2011

Peter Parker e o Zepelim

Não sei porque sempre que eu ouço a música de Chico, Geni e o Zepelim, eu me lembro do Homem Aranha. Na verdade, talvez seja por eu ter a leve impressão de que se trata da mesma história. Não, não vá pensando que a Geni soltava teias ou que o homem aranha perdeu o cabaço com metade da cidade. Não é bem assim. A semelhança entre eles se encontra na essência da trama, de forma quase escancarada. E o que é? O porco espírito humano. Saca só os enredos:

Homem Aranha
O cara é o super-herói mais odiado da história. A maior parte dos cidadãos falam mal ou até mesmo acredita que se trata de um bandido. Até que a cidade se vê a beira de um iminente perigo, seja ele uma lagartixa, um polvo de ferro ou uma mancha de petróleo, e assim correm desesperadamente atrás do aracnídeo. Quando tudo já passou, ficam à espreita, esperando qualquer vacilo do aranha pra descer a madeira nele.

Geni
Só porque a mulher copulou mais que a Rita Cadillac ou que a Belladonna, foi marginalizada pelos cidadãos. Quando chega um super-vilão-fodão-destruidor-de-cidades, pedindo a companhia da reles moça, todo mundo muda completamente. Da água pro absinto. Pedindo que a moça dê pra mais um. Porém, ao primeiro sinal de alívio, é fatídico o destino da donzela. Todos voltam com sete pedras atrás dela.

Saca só que coisa clichê:
Sou ruim, porque a mente das pessoas é atrasada.
Sou foda, porque a cidade vai sumir se eu não fizer nada.
Sou pior, porque o povo já esqueceu o que eu fiz.

Não poderia ser assim com os políticos?

PS: Escutem essa versão de Geni e o Zepelim. Ficou melhor.

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