domingo, 23 de junho de 2019

Ônibus in Lux

Voltando à minha máquina de escrever, vou contar brevemente como está sendo (ou foi, a depender de quando você está lendo esta postagem) minha viagem à Europa. Vai ser semelhante às postagens do Rio de Janeiro, mas é bem possível que não sejam diárias, pois não terei tempo para isso.

Tudo começou em casa, evidentemente. Junto à minha esposa, fizemos todo o planejamento da viagem, tentando contar cada minuto para poder aproveitar o máximo dos lugares onde passaremos. As passagens foram compradas pelo Decolar.com (sim, jabá de graça quando o serviço é bom) pois eu não sei que magia negra eles fazem para as passagens serem mais baratas no site deles do que no próprio site da companhia aérea. Outra vantagem também é poder comprar com cartão de crédito nacional, apesar de não ser possível parcelar as passagens de companhias aéreas de fora do país. 

Com as passagens em mãos, partimos para a confecção do roteiro. É claro que foram feitos meio que em paralelo, pois compramos as passagens pensando mais ou menos em quantos dias precisaríamos para visitar os pontos turísticos.
 

Parece meio bagunçado, mas dá pra entender se prestar atenção.

Com o roteiro em mãos, compramos as entradas para as atrações que queríamos visitar, tudo pela internet mesmo. Existem sites da própria cidade/prefeitura que vendem os ingressos.

E pronto, esse foi meu resumo (bem resumido) da preparação da viagem. Talvez (bem talvez) no final, eu faça um guia melhor de como nos preparamos.

Então vamos avançar para o post de hoje: Dia da viagem para Luxemburgo:

Grão-Ducado de Luxemburgo

Para esta cidade linda e maravilhosa, eu viajei na sexta (21JUN) às 16h25, para chegar em Paris às 07h40 do dia seguinte. Caro amigo leitor, prepare vosso conjunto gorduroso de sustentação "sental" pois você ficará encolhido numa poltrona minúscula por incríveis super longas 11h (um pouquinho mais que isso, na verdade). O tédio e o desconforto tomarão conta de você nesse período, então procure dormir, andar pela aeronave (fiz muito isso) e ficar em pé. Pode parecer até estranho, mas ficar de pé é, por vezes, mais confortável do que estar sentado. Fiquei sentado no meio da coluna à esquerda de uma fileira 3-4-3. Vou desenhar pra ficar mais fácil:

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Para minha sorte, o cara ao lado era muito gente boa e não levantava muito. Conversamos e até jogamos uma partida em rede de um jogo de sinuca do aparelho de entretenimento. Pude até perguntar a ele o que significava "si-vu-plê" que falavam o tempo todo (a escrita correta é "s'il vous plaît" e basicamente significa "por favor"). A comida no voo foi muito boa, apesar de o intervalo ser muito grande entre o almoço e o café da manhã para quem não dormiu, neste caso, eu.

Não consegui tirar foto do café-da-manhã, pois quando pensei nisso, já estava na metade dele.

Chegando em Paris, ativei o chip que tinha comprado no Brasil, chip o qual aparentemente se mostrou uma grande perda, pois havia pago caríssimo no próprio aeroporto do Brasil. Eu imaginava que teria pago uns 10 ou 15 euro a mais, mas tinha pago quase o triplo do valor que dizem vender aqui na Europa, que é em torno de 30 €. Falei "dizem" pois não procurei nem vi qualquer lugar de venda com uma propaganda aqui. Mesmo assim, acho que o chip até que valeu bem à pena, pois até chegar ao centro de Luxemburgo, não parei a qualquer momento e essa foi menos uma coisa com a qual tive de me preocupar, além de me manter conectado o tempo todo, principalmente para saber que ônibus pegar para os lugares. Mas pra quem vai, procura na internet onde comprar (coisa que eu deveria ter feito).

O aeroporto Charles de Gaulle é imenso. Tanto que quando o avião estava perto de pousar, achei que estava passando por cima de um aeroporto próximo, pois ele ainda estava bem alto para pousar neste. Mas já se tratava do próprio CDG. Entre as conexões, passei novamente por uma revista, apesar de ter acabado de descer do avião e para me deslocar de um terminal para o outro, precisei pegar dois ônibus. Tem até terminal que você precisa pegar uma espécie de trem/metrô.

Peguei o ônibus da linha em vermelho (que é o Blue Shuttle) e desci no 2F, que é o terminal de integração com a linha japeri que passa pelo 2G.

No Terminal 2G, peguei um cruzamento de jatinho com teco-teco Bombardier Q400 até Luxemburgo, o que foi uma experiência um pouco assustadora, pois o bicho rangia e se mexia muito, apesar de parecer algo bem tecnológico por fora.

Eu não sabia que era proibido tirar foto aqui, mas já que tinha tirado...

Finalmente em Luxemburgo, saí do aeroporto (que é bem pequeno, por sinal) e peguei um ônibus literalmente na porta. Subi, perguntei se iria pro centro e puxei a carteira para pagar. O motorista disse que sim e disse que era "free". Eu havia me esquecido que 22 e 23 estava-se comemorando o aniversário do Duque e os ônibus ficariam grátis nesses dias.

Como meu check-in estava previsto para o final da tarde e ainda eram por volta das 11h, deixei minha mochila e minha mala na estação de trem (Gare Centrale) e fui bater perna na cidade. Rodei muito a pé e visitei muitas construções. A cidade está toda em obra, por conta da implantação de uma espécie de VLT, mas não tira a beleza da arquitetura. Um problema que tive foi quanto à presença de banheiros, pois nem todos os estabelecimentos os possuem. Mas nada que impedisse de visitar muita coisa andando, pois os lugares são bem próximos.

Mistura do presente com o passado.

Aqui, em sua maioria, as pessoas falam (creio eu que) Francês e nem todos falam inglês, mas nada que impeça a comunicação por meio de gestos. Porém, pode ser que você se esbarre com algum falante do português, pois houve forte imigração de portugueses para cá. Na casa de câmbio, apesar de estarmos falando em inglês, o atendente sabia falar português, e assim começamos a falar, assim que ele pediu meu passaporte.

Até o anúncio é em português e eu não percebi. Mas não recomendo trocar o dinheiro aqui, pois a taxa é muito ruim.

Da própria central, peguei um ônibus para o lugar onde eu iria ficar. O sistema de transporte público é excelente, em todos os termos possíveis. Em muitos pontos de ônibus há um letreiro informando quanto tempo falta para os ônibus passarem e estes passam com frequência.

Tudo muito organizado.

Ao chegar em "casa" conversei muito com a dona (ela é uma pessoa muito doce e comunicativa), arrumei minhas coisas e apaguei até o dia seguinte, não ouvindo sequer os fogos de artifício que soltaram durante a noite.

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