
Ao olhar para as "redes sociais", só me resta imaginar que sua designação veio de uma terrível ironia quanto ao seu uso. Estamos perdendo nossas vidas sociais quando passamos a "fazer social" único e exclusivamente online. Estamos perdendo a noção das coisas quando mandamos milhões de beijos e abraços online e pessoalmente não fazemos uma visita. Até uma cutucada ninguém faz mais no buzu... E por falar em tucutar, quem em sã consciência achou que esse negócio de cutucar daria certo?
O maior exemplo que essa sociedade me dá de que estamos perdendo a noção do ridículo é o novo The Sims Social. No vídeo, uma mulher tem sua vida amorosa resolvida por causa do jogo. Ela visita o cara, dança com ele, assiste a um filme, beija e até $@#&%! Mas tudo pelo computador. (Ou seja, ela esquentou o umbigo com o notebook, se é que me entendes...) O grande "mais que porra é essa!?" da parada é que ela tratou tudo aquilo como realidade. Realmente deplorável.
Somos fazendeiros, prefeitos e até criminosos! Tudo virtualmente. Não que eu veja isso como algo ruim. O problema está quando as pessoas levam isso como estilo de vida, deixando a realidade de lado e não parando para fazer coisas como plantar feijão no algodão, ser líder de turma (ou de qualquer grupo) ou mesmo quebrar uma janela com um badogue (bodoque, estilingue ou como é chamado em sua região).

Não nego achar o "cara do legal" uma obra de arte...
Uma coisa que me deixa realmente agoniado é ver meus amigos em festas, shows, reuniões ou qualquer outro evento que nos una, conversando pelo twitter, apesar de estarem no mesmo ambiente e tal ambiente munido de interações sociais válidas (ou reais, se preferirem). Dói-me a alma. Todavia não culpo as ferramentas por essa pré-catástrofe, mas sim seus usuários e como eles a utilizam. Se lembra de quando o orkut era um espaço que dava pra discutir um montão de coisas?
"Posso dizer que eu te amo pelo computador, mas não é a mesma coisa."
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