sábado, 9 de abril de 2011

Eu também gostaria de ter uma banda

Me lembro bem que, desde moleque, sempre tive vontade de fazer coisas que eu achava que nunca conseguiria. Eram coisas que eu via as pessoas fazendo e admirava-as, pois eu achava que se tratava de um desafio à física ou um belo exibicionismo de coordenação motora. Entre elas estão andar de skate, surfar e tocar bateria. Achava que todas essas atividades demandariam demasiada habilidade, força de vontade, talento ou dom, os quais eu nunca possuiria. Bem, em parte eu estava totalmente certo. Em parte, totalmente errado. Confuso? Eu também. Mas continue lendo e talvez continue não entendendo.

Para o azar da humanidade, eu acabei praticando as três coisas. Tudo começou quando eu, ainda em pequeno, consegui juntar a exorbitante quantia de 4 reais e comprei meu primeiro skate. A pesar de o skate estar totalmente fodido em estado de má conservação, o que explica tal irrisório valor do seu preço é o fato de R$4, naquele tempo, ser muito dinheiro.

O skate era tão pesado que hoje eu fico a imaginar como eu consegui tirá-lo do chão. Toda a parte mecânica do mesmo estava a ponto de se desmanchar a qualquer momento. Mas com muita persistência, foi nesse lixo que eu aprendi a dar o meu primeiro ollie, ignorando todos os conceitos que eu entendia sobre gravidade. Saca só a foto do bichano:

Quem é "Rafa Paulo"? Eu não faço a mínima ideia...

O objeto terminou com um final trágico. Meu tio o pediu no São João, amarrou duas espadas, acendeu e mandou pra deus sabe onde. Junto com ele foi o meu estímulo de andar, já que eu tinha que comprar um tênis novo a cada 2 meses.

A segunda aventura foi pegar uma prancha e cair no mar, por influência de meu irmão e primo. Terminei gostando, apesar de por várias vezes ter dito que nunca mais entraria no mar, devido a qualquer caldo que eu tenha tomado. Nunca aprendi a surfar bem, mas também nunca nadei e morri na maré.

Surfe de peito, porra! ,\m/

Pra finalizar a lista de horrores, minha nova mania é achar que eu tenho uma banda e que toco alguma coisa. Aos trancos e barrancos eu tento fazer com que alguma coisa flua, só pra ver se sai algum sonzinho que não seja puramente ruído. Mais pirados que eu, só os caras que tocam comigo. Primeiro, porque deixaram eu tocar com eles. Segundo, porque me falta o talento necessário pra fazer um bom som, implicando na primeira regra.

Não é o som da câmera que é horrível, é o som da banda...

Acredito que para as três atividades serem realizadas satisfatoriamente, só é necessário um pouco de dedicação. Treinar é essencial. E eu pensando que era só nascer com o dom...

PS: Ouçam Do Amor

Nenhum comentário:

Postar um comentário